5.14.0-503.35.1.el9_5.x86_64
│ │ │ │ └→ Arquitetura
│ │ │ └→ Distribuição e versão (el9_5 = Enterprise Linux 9.5)
│ │ └→ Patch level (subversão do kernel distribuído pela Red Hat)
│ └→ Release (versão de empacotamento pela Red Hat)
└→ Versão principal do kernel (upstream, no kernel.org)
Diferença entre 503.35.1
e 503.38.1
A diferença entre essas versões está no número do release, ou seja, elas são praticamente a mesma base do kernel (5.14.0), mas com atualizações incrementais aplicadas pela Red Hat.
503.35.1
: é uma versão anterior do kernel com patches de segurança e correções.503.38.1
: é uma versão mais recente, com novos patches de segurança, correções de bugs, e possivelmente melhorias de desempenho ou estabilidade.
Quando se fala em sistemas operacionais, um termo que sempre aparece é o famoso kernel. Mas afinal, o que é isso, como ele funciona por dentro e o que significam aqueles nomes complicados nas versões do kernel Linux?
Neste artigo, vamos explorar esses pontos com uma linguagem simples e direta. Vamos lá?
O que é o Kernel?
O kernel é o núcleo do sistema operacional. Ele faz a ponte entre o hardware (como memória, processador, disco) e os programas que você usa (como navegador, editores, jogos, etc).
Sem o kernel, um programa não saberia como acessar o hardware — ele não saberia nem como salvar um arquivo ou usar a internet.
🧱 Estrutura interna do Kernel
O kernel não é um único bloco monolítico. Ele possui módulos e componentes que cuidam de tarefas específicas. Veja os principais:
1. Gerenciador de Processos
Controla quais programas estão rodando, organiza o uso da CPU e garante que tudo funcione em paralelo (multitarefa).
2. Gerenciador de Memória
Administra a RAM: reserva memória para programas, libera quando não precisa mais, e impede que um programa use a memória de outro.
3. Sistema de Arquivos
Controla o acesso a arquivos, pastas e dispositivos de armazenamento (HD, SSD, pendrives).
4. Gerenciador de Dispositivos (Drivers)
Permite que o kernel “converse” com dispositivos físicos, como placas de vídeo, impressoras, adaptadores Wi-Fi, etc.
5. Gerenciamento de Segurança e Permissões
Responsável por separar os usuários, proteger arquivos e impedir que programas maliciosos ganhem controle do sistema.
🏷️ Decifrando o nome do kernel
Se você usa Linux, já viu nomes como este:
5.14.0-503.38.1.el9_5.x86_64
Mas o que cada parte significa?
Parte | Significado |
---|---|
5.14.0 |
Versão base do kernel (lançada pela equipe do Linux.org) |
503.38.1 |
Número de release empacotado por distribuições (ex: Red Hat, Fedora) |
el9_5 |
Indica que é para Enterprise Linux 9.5 (como RHEL, AlmaLinux, Rocky) |
x86_64 |
Arquitetura do sistema (64 bits, Intel/AMD) |
Essa identificação ajuda o sistema a saber qual kernel está rodando, sua compatibilidade e suas correções mais recentes.
🧪 Tipos de kernel
Você também pode ouvir falar em tipos diferentes de kernel:
- Monolítico: Tudo junto em um só núcleo. Mais rápido, porém maior.
- Microkernel: Divide funções em processos menores. Mais modular, mas com mais sobrecarga.
- Híbrido: Mistura dos dois modelos. Exemplo: o kernel do Windows.
O Linux usa um kernel monolítico modular, ou seja, a base é única, mas permite adicionar ou remover módulos (como drivers) sem reiniciar o sistema.
✅ Conclusão
O kernel é o cérebro do sistema operacional — invisível para a maioria dos usuários, mas essencial para que tudo funcione com segurança, desempenho e estabilidade.
Entender sua estrutura e a lógica por trás do seu nome ajuda a diagnosticar problemas, acompanhar atualizações e escolher a versão ideal para seu servidor ou desktop.